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Por Ricardo Basaglia, CEO do PageGroup
A verdadeira riqueza de uma empresa não está em sua conta bancária, mas na qualidade das mentes e corações que ela atrai e conquista.
A trajetória dos salários está diretamente conectada à história da humanidade e sua busca por sobrevivência e prosperidade. No início, o trabalho era recompensado com bens tangíveis, como alimentos e abrigo, garantindo a subsistência imediata de indivíduos e comunidades. Com o surgimento da moeda como meio de troca, o conceito se expandiu, permitindo aos trabalhadores acessar bens e serviços além das necessidades básicas, o que proporcionou melhorias na qualidade de vida.
À medida que as economias modernas evoluíram, o salário incorporou não apenas o esforço físico, mas também o valor das habilidades e conhecimentos. Essa transformação deu início a uma relação mais complexa entre trabalhador e empresa, onde a remuneração passou a refletir as contribuições individuais e o impacto dos talentos de cada profissional.
Com a globalização e a competitividade entre empresas, a remuneração também passou a incluir benefícios financeiros e não financeiros, como:
Bônus e participação nos lucros;
Ações da empresa;
Incentivos como flexibilidade, bem-estar e desenvolvimento pessoal.
Esse movimento ampliou o significado de ser “bem pago”, tornando o salário emocional um diferencial estratégico. Esse conceito reúne fatores como ambiente de trabalho positivo, propósito, oportunidades de crescimento e equilíbrio entre vida pessoal e profissional, redefinindo o que é valorizado no mercado de trabalho.
No contexto de economias voláteis, como a brasileira, onde a inflação frequentemente reduz o poder de compra, é crucial equilibrar remuneração salarial monetária e o desejo dos profissionais por um trabalho com significado. Empresas que não compreendem esse equilíbrio correm o risco de perder talentos estratégicos, mesmo oferecendo salários competitivos.
Durante meus 18 anos na Michael Page, observei inúmeras organizações subestimarem o impacto do salário emocional. Esse erro, muitas vezes, resulta na perda de profissionais excepcionais, o que pode comprometer sua competitividade no mercado.
Em um cenário onde o talento é o recurso mais valioso, a proposta de valor da sua empresa é o diferencial competitivo. Invista nele de forma estratégica. O futuro do trabalho será moldado não apenas pelo quanto pagamos, mas pelo que realmente valorizamos.
E você, já sabe o que valoriza?
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