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FIDELIDADE é o desafio da vez para empregados e empregadores. Em um momento turbulento da economia do Brasil, com alto grau de competitividade e resiliência por parte das companhias, rescisões de contratos e movimentações em grande volume passam a ser uma realidade frequente, assim como a insegurança e instabilidade.
Não é raro nos depararmos com situações em que medidas são tomadas de forma pouco estratégica, gerando desgaste no quadro de colaboradores. Estes motivos estão bem descritos no artigo "A maioria dos gerentes brasileiros são infelizes no trabalho, saiba o porquê".
Contudo, é possível manter um time produtivo, motivado e que não busca por outras oportunidades com apenas 3 pilares: TREINAMENTO, TRANSPARÊNCIA E COMUNICAÇÃO.
A contratação de um profissional geralmente está ligada às suas habilidades e conhecimentos que naquele momento vão de encontro com as necessidades de um empregador. Ainda assim, com as constantes mudanças tecnológicas, novos processos e disciplinas, como treinamentos e capacitação de colaboradores, proporcionados por empresas aos seus colaboradores é hoje uma ferramenta não só de capacitação, mas também de retenção de funcionários. Ao mesmo tempo que serve como uma forma de acompanhamento de motivações e evolução de carreira dos profissionais durante sua jornada dentro da companhia.
No atual cenário, um maior número de companhias têm recorrido ao treinamento empresarial como uma tentativa de se ajustar à crescente competitividade do mercado brasileiro. Portanto a tendência é que as ações sejam feitas com cada vez mais agilidade e eficiência, sem que haja aumento nos custos.
Ainda assim menos da metade das empresas no mercado brasileiro tem uma forte cultura de treinamentos e capacitação. Entrevistamos cerca 3.000 profissionais para nosso Estudo de Remuneração para Alta e Média Gerência 2017 que ocupam cargos de alta e média gestão, e apenas 40% recebem treinamentos constantes em suas empresas.
Um ponto de atenção que pode ser um diferencial na experiência empregatícia e potencializar a boa relação entre o colaborador e a marca que investe e acredita em seu desenvolvimento para os seus planos futuros. Algo realmente relevante em tempos de incertezas no mercado.
Ainda com o ruído gerado pelo momento descrito acima, uma medida importante sobre toda a comunicação interna, do momento da contratação até o ultimo dia de permanência do profissional na companhia, é a transparência.
Além de todas as variáveis internas e externas que influenciam o comportamento de colaboradores, suas principais motivações serão geralmente o principal ponto de influência na decisão de manter-se onde está ou movimentar-se. Para entender então quais são estas principais motivações, consultamos os mesmos 3.000 gerentes de várias localidades e setores no Brasil e o as 3 principais motivações relacionadas a seu trabalho são: 1. Salário, 2. Possibilidade concreta de crescimento, 3.Metas desafiadoras.
E claramente, na medida oposta, estes três fatores também podem ser os principais detratores, caso não atendam às expectativas. Por isso, ressaltamos que a transparência na inter-relação entre gestores e colaboradores devem ser uma premissa mandatória. Onde, por exemplo, alinha-se com clareza as faixas salariais oferecidas pela companhia para seus cargos, ou ainda como ela está equipada a seus principais concorrentes do mercado.
Alinha-se se isto atende às necessidades dos seus colaboradores e explicitando quais são os passos necessários para alcançar incrementos ou progressões salariais durante sua atuação. Assim como esclarecer patamares possíveis e desafios concretos a serem enfrentados para que haja a possibilidade de crescimento dentro da hierarquia. Evitando a estagnação e desgaste de um profissional com expectativas desalinhadas, e catabolizando sua motivação em busca por resultados.
Ainda sobre motivações, ao listarmos outros itens que foram postos como principais fatores levantados pelos executivos entrevistados encontramos:
1. Maior qualidade de vida
2. Possibilidade de atuar em projetos que vão além de seu escopo
3. Diretores e gerentes que inspiradores
4. Pacote de benefícios diversos e atraentes
5. Possibilidade de trabalhar no exterior
6. Horas de trabalho flexíveis
7. Descontos e parcerias com outras empresas e serviços
E ao considerar o teor de alguns deles, percebemos que se tratam de experiências ou práticas que a maioria das companhias são capazes de entregar ao seus colabores. De qualquer forma, em cenários problemáticos e de abalo recorrente é fundamental reforçar estas possibilidades e benefícios através de uma comunicação de employer branding forte, consistente e que converse com transparência e empoderamento com o quadro de funcionários. Considerando suas demandas, não só internas e ligadas ao trabalho, mas também medidas de estímulo a uma vida saudável, educação e experiências diversas e ricas que podem contribuir para a construção da história deste profissional.
Com certeza, o gerenciamento de pessoas em períodos de crise depende de uma série de fatores pouco ortodoxos para que haja uma evolução consistente e constante para a manutenção de time harmonizados e em constante crescimento. De qualquer forma, ao considerar estes pilares simples e priorizar a cultura a qual a companhia é pautada, os valores tendem a estabilizar momentos de inexpressão, e possibilitar a delimitação de metas claras e que motivam todos a busca pelo o sucesso.
Para mais detalhes sobre o mercado e qualificações de gerentes do mercado brasileiro, consulte nosso Estudo de Remuneração de Alta e Média Gerência 2017, clicando aqui.