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O Brasil é dotado de riquezas naturais e recursos energéticos que supera muitas vezes sua própria demanda. Segundo o Ministério de Minas e Energia, “quase metade da energia energética produzida no Brasil vem de fontes renováveis”. Dentro da BRICS (agrupamento de países de mercados emergentes, que conta com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), nosso país é destaque dentro da produção de energia limpa. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indicou que, em 2019, 45% da energia produzida no Brasil foi de fontes renováveis, em contrapartida às fósseis. Como você pode imaginar, isso significa que o setor de energia renovável está passando por um grande desenvolvimento.
Por que exatamente isso está acontecendo? Existem muitos fatores que contribuem, alguns ambientais e outros fiscais. Aqui estão algumas das possíveis causas do rápido crescimento na indústria de energia renovável:
Do lado da indústria, existem poucas barreiras à entrada quando se pretende expandir. Os parques eólicos e solares, por exemplo, podem existir pacificamente em lotes existentes de terras agrícolas. Existem muitos recursos para os agricultores que desejam incorporar esse equipamento em suas propriedades, e o processo não é invasivo para as plantações, gado e para a saúde geral da própria terra. Todo o processo tende a ser benéfico para as partes envolvidas.
Olhando para o mercado de trabalho, há certa dificuldade em preencher vagas disponíveis no mercado de energia renovável. A mudança para as energias renováveis é muito acessível para as pessoas que são interessadas e têm o conjunto de habilidades certa, como as dos setores de construção, finanças e engenharia. Segundo Guilherme Filgueiras, Gerente Executivo da Michael Page e Page Personnel:
Por ser um mercado relativamente novo, os perfis mais procurados são aqueles que de alguma forma já tiveram contato com projetos de energia para facilitar a adaptação no segmento de renováveis.
Ainda, ele nos traz os cargos em alta para o mercado:
Muitos países ao redor do mundo apoiaram o Acordo de Paris das Nações Unidas, o qual tem como objetivo diminuir a taxa do aquecimento global. Além disso, o relatório de 2005, intitulado “Who Cares Wins” (“Quem se importa vence”, em tradução livre), colocou em pauta a sigla ESG, que engloba temas como sustentabilidade ambiental, social e de governança, que cada dia mais ganha importância para muitas empresas brasileiras. A crescente preocupação com questões que buscam zerar as emissões de carbono se vê ainda mais em pauta quanto olhamos para a produção de energia atual. Praticamente o mundo inteiro está trabalhando em conjunto para compartilhar estratégias e até mesmo recursos para alcançar emissões líquidas zero até 2050.
Estamos vendo o mundo financeiro responder a essas mudanças e iniciativas também. Por exemplo, a BlackRock anunciou que não apenas está trabalhando para se tornar mais sustentável com uma meta de se tornar emissão zero até 2030, mas também está incorporando essas metas em seus portfólios ativos e de consultoria. Eles estão incluindo, “os efeitos das mudanças climáticas em suas projeções econômicas e expectativas de retorno”.
Como resultado, estamos vendo um grande impulso de líderes mundiais para mover o ponteiro sobre as emissões. Isso inclui investimentos substanciais em energias renováveis.
Paulo Dias, Partner na Page Executive, complementa:
Investidores estão procurando empresas comprometidas com ESG, portanto, essas serão as empresas capitalizadas nos próximos anos e capazes de atrair os melhores executivos. Tenho conversado com Conselheiros que estão sendo contratados exatamente para apoiar as empresas com as mudanças necessárias nessa direção. No setor de energia, mesmo as empresas que tradicionalmente não atuam com fontes renováveis, tem buscado investir nisso, ou ainda, divulgar ações de redução de impacto ambiental, ou de contribuição social a comunidades e regiões onde estão instaladas. Para empresas de transmissão e distribuição, o próprio compromisso de levar energia segura e mais barata para todos os cantos do país, já pode ser chamado de uma ação de ESG. Portanto, nem sempre haverá profissionais dedicados exclusivamente ao ESG, mas estar atualizado a atuante no tema é algo que está sendo avaliado nos candidatos para a maior parte dos cargos executivos.
A energia solar é a que mais cresce em produção e incentivo no Brasil. Em 2020, apesar dos altos índices da pandemia, ela cresceu 70% no mercado brasileiro. Nossa posição geográfica e fatores climáticos influenciados por ela são essenciais para esses resultados, dado que o Brasil está situado próximo à linha do Equador, o que nos provê níveis de insolação e irradiação solar ótimos para a utilização das placas e equipamentos solares. Na Europa, a capacidade de produção desse tipo de energia se vê limitada a 10%, ao passo que o Brasil consegue triplicar esse valor devido a seus fatores territoriais. Além disso, de acordo com o Governo Federal, a expectativa de investimento em energia solar é de R$100 bilhões, valor correspondente a 28% do investimento no setor elétrico brasileiro. Podemos esperar que esse tipo de apoio do setor privado aumente com o passar do tempo e, como resultado, impulsione toda a indústria.
Com isso, nota-se uma maturidade do negócio no cenário brasileiro, e, portanto, o recrutamento desses perfis se torna mais especializada, como comenta Filgueiras:
O mercado hoje busca perfis mais seniores e/ou por profissionais que farão parte do segundo estágio do desenvolvimento dos projetos. Pelo momento que vivemos no mercado de renováveis, naturalmente as empresas buscam profissionais com alta capacidade de adaptação, solucionador de problemas, com atitude para encarar os desafios e perfil estratégico para desenvolver os projetos dentro dos prazos e respeitando as margens definidas inicialmente. Os profissionais devem ter um olhar não só da sua área, mas do projeto como um todo que acaba sendo o macro objetivo da empresa.
Ainda, a busca por executivos do setor de energia renovável cresceu 35% em 2020 e, dado o momento apresentado, a tendência é um aumento ainda maior em 2022.
Como as preocupações com o clima são oportunas e urgentes, estamos vendo a energia renovável se tornar uma prioridade para muitas pessoas e empresas. Como resultado, o investimento de tempo, esforço e dinheiro está aumentando rapidamente. Provavelmente, podemos esperar que essa tendência continue, ou até mesmo acelere, por meio das metas que dizem respeito à sigla ESG, e à medida que os investimentos em novas tecnologias e estudos aumentam.
O Brasil tem um enorme potencial nesse setor, pois existe o mercado consumidor, fortalecimento industrial e regulação consistente. A partir desses fatores e muito mais, podemos ver que a energia renovável está experimentando um crescimento acelerado por um bom motivo e sem sinais de desaceleração tão cedo. É por isso que é o momento perfeito para embarcar e explorar as grandes oportunidades que o setor tem a oferecer.