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O ano de 2021 foi marcado por grandes desafios para a indústria no Brasil e no mundo, passando por falta de disponibilidade de insumos para fabricação dos produtos, variação do custo de importação devido à flutuação do câmbio e instabilidade causada pela inflação e o preço elevado da energia. Rodrigo Videira, Gerente Executivo na Michael Page e Page Personnel, explica:
Para 2022, percebemos sinais positivos como a disponibilidade de alguns produtos e matérias-primas, a estrutura logística mais otimizada e uma nova cadeia de fornecedores desenvolvida a toque de caixa para atender o mercado interno. Novos postos de trabalhos foram criados para suportar essas mudanças, inclusive. Acreditamos também que essa falta deva se concentrar em alguns setores, como a escassez de semicondutores que atingiu a cadeia automotiva, por exemplo. Existe uma confiança que a inflação deva estagnar ao longo desse ano, promovendo um cenário atrativo para os investimentos no país.
A variante da COVID-19 ainda tem tido impacto na operação das indústrias devido ao contágio e medidas de afastamento em qualquer sintoma gripal apresentado pelos colaboradores. “O controle da contaminação de maneira imediata é excelente, mas o aumento do absenteísmo atrapalha a produtividade no setor”, comenta Videira.
A falta de insumos para produção, a disponibilidade de containers para importação, o preço elevado das matérias-primas e a alta do dólar para controlar o preço dos fretes continuarão sendo os principais desafios para os executivos da indústria. O Gerente Executivo ainda completa:
Acredito que esse ano haverá continuidade na redução dos custo de fabricação, alternativas para trabalhar de maneira mais eficiente possível com as melhores tecnologias e sistemas de padronização de processos, controle de desperdício de materiais, desenvolvimento de fornecedores, gestão de capital humano, foco em manter o caixa e preservar o capital de giro, um olhar maior para o frete para entender o modelo ideal de distribuição, gestão da matriz Energetica e uma política de utilização de água também serão desafio.
Outro ponto crucial para a indústria é a instituição de programas voltados à agenda ESG. “Esse tema será um dos protagonistas para esse ano, fazendo com que as empresas acelerem o processo de implantação desse selo. Aquelas que não conseguiram ainda, começaram a correr para se adequar, pois os clientes estão mais exigentes”, esclarece Videira.
Com o avanço da tecnologia e o volume de dados que conseguimos produzir, cada vez mais percebemos que o perfil do profissional está voltado à criação da estratégia para longo prazo.
O mercado tem provocado uma transformação do perfil do profissional. Trabalhar com o cenário de incertezas exige uma rápida adaptação da indústria e dos profissionais que estão nela. A resiliência é um fator fundamental para garantir que as mudanças necessárias aconteçam na velocidade que o mercado exige. É preciso também saber liderar temas como diversidade, equidade, inclusão e meio ambiente para a sustentabilidade da organização no longo prazo.
A indústria busca um profissional com visão de futuro, habilidade de transformar dados em planos de ação, competências sociais para construir laços e pontes entre pares, gestores, subordinados e áreas parceiras, perfil para trabalhar em equipes multidisciplinares e multiculturais, capacidade para tomada de decisões rápidas para acompanhar o movimento do mercado. Especialmente em posições de liderança, o profissional deve ter um estilo de gerenciamento inspirador para conectar o propósito das pessoas com os objetivos da organização.
Os principais temas que o profissional deve estar atento em 2022 são cadeia de fornecimento de materiais, desenvolvimento de fornecedores, renegociação de prazos, gestão de orçamento, gestão do caixa, busca por incentivos do governo, gestão de custo, gestão de energia, gestão de transporte, segurança da informação, segurança do trabalho, diversidade, equidade e inclusão, segurança emocional/psicologica, impacto ambiental e gestão de recursos naturais.
Videira projeta:
No primeiro trimestre de 2022, deve haver uma tendência de contratações de profissionais da área de finanças por uma questão de sazonalidade da área. Na sequência, a área comercial terá um crescimento significativo com objetivo de movimentar a economia. Pelo aumento do volume de vendas, as áreas como supply chain e operações devem se aquecer em meados de maio, entrando em um ciclo positivo no segundo semestre.
Como no ano passado muitas empresas operaram com uma estrutura enxuta, é esperado um crescimento nas contratações de suporte a alta gestão e, em seguida, posições executivas.
Profissionais da área de Recursos Humanos têm ganhado cada vez mais espaço na estratégia da organização, especialmente posições voltadas para gestão de mudanças, desenvolvimento da liderança, estruturação do plano de governança corporativa, plano de sucessão, com uma visão focada no cliente interno e externo, cada vez mais conectada com o negócio. Profissionais da área de remuneração com visão de novos modelos de remuneração variável e planos de benefícios alternativos têm ganhado cada vez mais espaço nas organizações. Posições em tecnologia também estão sendo demandadas, já que as empresas estão buscando otimizar dados, criar sistemas mais dinâmicos de comunicação com clientes e cuidar da segurança da informação.
Sobre os setores:
"O Brasil é muito forte no setor automotivo e de auto-peças, que tem buscado profissionais cada vez mais qualificados para cadeiras executivas com olhar para performance e desenvolvimento de processos e metodologias cada vez mais globalizadas”, comenta Videira.
Além da remuneração fixa, as empresas estão considerando mais a remuneração variável atrelada aos resultados de curto, médio e longo prazo. Em termos de benefícios, as empresas têm ofertado benefícios flexíveis, isto é, o colaborador opta por quais benefícios fazem mais sentido para o seu momento e dividem o saldo conforme sua necessidade. “Tem sido comum encontrar profissionais que abriram mão do veículo corporativo para ter um cartão mobilidade, por exemplo. O salário emocional e a segurança psicológica também são fatores cruciais nos tempos de hoje. As empresas estão oferecendo mais canais de comunicação nesse sentido”, comenta Videira.
As empresas estão trabalhando com a possibilidade do modelo de trabalho híbrido. Para a cadeia produtiva, o trabalho é muitas vezes presencial, mas algumas funções estão passando por um processo de análise. “Acredito que as empresas farão esse estudo para compreender a melhor estratégia para o ano. Muitos escritórios diminuíram de tamanho e alguns postos de trabalho, que antes ficavam em tempo integral na fábrica, passaram a ter uma flexibilidade para trabalhar fora da sua estação tradicional de trabalho”, finaliza Videira.