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Como sociedade, fomos aprendendo a lidar com a covid-19, mas antes mesmo da pandemia o mundo já estava voltado para o investimento e profissionalização do mercado da saúde: novas tecnologias do cuidado ao paciente, melhores formas de realizar diagnósticos e procedimentos, novos sistemas de gestão para diminuir custo e tempo etc.
Além disso, nos últimos 19 meses, governos tiveram que investir e alocar uma verba maior para a saúde como medida de enfrentamento da pandemia e isso fez com que o mercado se movimentasse ainda mais, desengavetando projetos de inovação tecnológica, medicamentos, dispositivos, além de compra e venda de empresas que estavam para acontecer. Indústria farmacêutica, diagnóstico, serviços, saúde animal e medical devices apresentaram crescimento. Somente alguns subsetores da saúde sentiram uma pequena baixa, como cirurgias eletivas, em função da priorização do momento.
Em relação a talentos, Ricardo Guerra, Gerente Sr. para a divisão de Healthcare & Life Sciences da Michael Page, comenta:
Não produzimos executivos na mesma velocidade que o mercado demanda. Há muitas posições para dar vazão ao crescimento do mercado de saúde. Além disso, cada vaga nova pode gerar outras. Se a empresa contratar um profissional desempregado fica 'elas por elas', mas se trouxer alguém do mercado ou fizer uma promoção interna, abrem-se novas vagas.
Diante desses desafios, buscam-se empresas fornecedoras para atuar na redução de desperdício e acompanhamento da jornada do paciente e seu ciclo de vida durante todo o tratamento. As healthtechs, startups de tecnologia para saúde, estão despontando em várias vertentes: marketplaces de saúde, telemedicina, prontuário médico digital, devices etc. “A tecnologia está sendo implantada em tudo, de processos administrativos do hospital à pesquisa e atendimento ao paciente”, diz Guerra.
Espera-se do profissional a trinca de competências As: ambiguidade, adaptabilidade e atitude. Ambiguidade é a capacidade de lidar com cenários e ambientes diversos e voláteis, adaptabilidade é ser capaz de ajustar a rota sempre que necessário e atitude é ter disposição para agir com determinação e ser protagonista frente à tomada de decisão. “Quanto mais alto o cargo, mais deverá lidar com essas competências comportamentais, e menos com as técnicas e transacionais. A liderança deverá definir a estratégia e influenciar os times sob sua responsabilidade a executarem”, comenta Guerra. Ele ainda complementa:
Além disso, se a empresa sabe ou estima que precisará de um novo talento, minha recomendação é que inicie a busca o mais rápido possível. A demora na decisão de contratar pode levar a empresa a ter que tomar decisões paliativas x ideais, pagar mais ou sequer encontrar o profissional na velocidade que precisava. Às vezes a empresa deixa de aproveitar uma oportunidade, pois não tem o time adequado para surfar aquela onda. É preciso levar em conta o custo de oportunidade em um caso desses.
O que faz: tem a responsabilidade de gerenciar a unidade hospitalar perante a cadeia operacional: atendimento, nutrição, higienização e limpeza, manutenção hospital, farmácia e suprimentos, além de relacionar-se indiretamente com os setores: faturamento, relacionamento com parceiros, segurança e materiais/OPME. Deve traçar o planejamento estratégico e metodologias para problemáticas, tentando encontrar o equilíbrio financeiro e produtivo da unidade.
Perfil da vaga: necessário formação superior e pós-graduação voltados a Administração Hospitalar, Gestão em Saúde e Gestão de Pessoas. Experiência na gestão operacional no ambiente hospitalar é uma vivência muito importante e na parte comportamental do profissional deve manter o foco estratégico e analítico para o atingimento dos resultados, bem como o gerenciamento de pessoas e processos complexos.
Salário: R$30 mil a R$45 mil
Motivo para a alta: a demanda por esse profissional está crescente e deve continuar por conta da consolidação e profissionalização do setor, além do momento do mercado em verticalização e novas aquisições e fusões.
O que faz: cuida de toda estrutura de vendas da empresa, e em algumas estruturas essa posição pode abranger marketing também. É a posição que vai olhar para todos os clientes, empacotando e oferecendo soluções adequadas a cada necessidade.
Perfil da vaga: esse profissional é o responsável pela criação do plano de apresentação ao mercado para sua linha de produtos. Ele atua na esfera estratégica e também na tática, respondendo pela elaboração e execução do plano comercial junto com sua equipe.
Motivo para a alta: por conta do grande aumento do número de leitos em hospitais públicos e privados, a demanda por dispositivos médicos, principalmente consumíveis e equipamentos, vai continuar alta para os próximos meses por uma margem substancial. Esse crescimento resultará numa procura por profissionais que consigam criar um plano de negócios robusto e executá-lo da melhor forma para absorver a maior parte desta alta.
O que faz: tem a responsabilidade de garantir que todos os aspectos do desempenho dos hospitais estejam funcionando de maneira eficiente. Ele precisa encontrar um equilíbrio na gestão das operações do dia a dia, relacionados à operação assistencial e jornada do paciente, e ao mesmo tempo, liderar iniciativas de desenvolvimento estratégico, necessárias para o sucesso a longo prazo.
Perfil da vaga: o responsável por fornecer a estratégia para entregar a melhor qualidade de atendimento ao paciente, pela liderança e formação da equipe enquanto cria uma cultura positiva e produtiva, por definir os padrões de excelência operacional, além de zelar pela conformidade exigida nos regulamentos estaduais e federais, e nas políticas do hospital. Como todo CEO, é também quem responde pelos lucros e perdas da organização, buscando sempre um saldo positivo da operação.
Salário: R$40 mil a R$60 mil
Motivo para a alta: a demanda por líderes hospitalares experientes está maior do que nunca, e deve continuar crescendo por conta da forte onda de consolidação e profissionalização do setor. As grandes redes hospitalares e operadoras de saúde verticalizadas devem buscar CEOs para liderar suas novas estruturas, enquanto hospitais pequenos e médios devem acompanhar essa onda de profissionalização do setor, buscando fortalecer sua liderança com executivos que tenham experiência para gerenciar todo o hospital.
O que faz: o médico coordenador contratado por determinada empresa ou indústria tem a responsabilidade de fazer a gestão da equipe médica e acompanhar o andamento da saúde dos colaboradores por meio de exames ocupacionais e assistenciais, assim como definir ações de melhoria por meio de programas preventivo e/ou corretivos.
Perfil da vaga: normalmente é contratado por uma organização com número elevado de funcionários e certo grau de risco para definir a melhor estratégia a fim de reduzir os níveis de absenteísmo e prevenir a possível incidência de determinada patologia ocupacional.
Salário: R$ 8 mil a R$ 10 mil para 15 horas semanais
Motivo para a alta: a demanda por um médico do trabalho coordenador tem sempre se mostrada elevada, porém com o advento da pandemia, as indústrias têm requisitado ainda mais esse perfil de profissional por conta de ações necessárias para prevenir e monitorar a incidência e disseminação de casos de covid-19 dentro do ambiente de trabalho.
Sobre esse tópico, Ricardo Guerra expõe:
A remuneração não tem sido o principal motivador dos candidatos, pelo contrário, eles estão muito criteriosos na hora de avaliar uma posição já que o que pesa mais é a qualidade da relação que possuem com seus gestores atuais e a autonomia na tomada de decisão. Então, mesmo que a movimentação garanta um aumento de 25 a 35% do salário, os candidatos avaliam o risco de perder em ambiente, perspectivas e gestão.
Uma prática que tem aumentado é a oferta de hiring bônus, um aporte de 4 a 5 salários de partida na contratação. “O mercado da saúde não tinha essa prática nem o budget para isso. Apesar de ainda ser praticada por uma parcela menor do mercado, a oferta triplicou neste último ano. Trata-se de um bônus para trazer um grande talento ou equilibrar a balança da negociação ao cobrir benefícios que o profissional estaria abrindo mão, como um carro corporativo e previdência privada por exemplo”, finaliza Guerra.